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  • Foto do escritorAna Brisio

Dias nublados

Atualizado: 5 de abr. de 2022

Somos permeáveis, mas até que ponto?


Há uns bons anos atrás, ao ler um livro de Feng Shui deparei-me com uma informação que iria abrir um novo mundo de possibilidades na minha vida.




Esse livro fazia referência às imagens e representações que colocamos em casa, símbolos do nosso inconsciente pessoal e colectivo, que nos influenciam das mais diversas formas, promovendo estados de espirito e processos de vida de acordo com a mensagem neles contida.


Para exemplificar, o livro fazia referência a imagens e fotografias em que as pessoas apareciam com nuvens por cima da cabeça, mencionando que tal imagem poderia traduzir ou induzir uma sensação de peso na vida das pessoas, causar pensamentos com falta de clareza, limitações a nível cognitivo e falta de alegria.


Imagine, como seria a vida se todos os dias fossem nublados e o sol nunca se manifestasse em todo o seu esplendor. Como se sentiria?




Na altura, achei a informação curiosa mas um pouco "demais". No entanto, não deixei de dar uma vista de olhos ao meu redor para ver o que encontrava e, ao faze-lo, deparei-me com uma fotografia da minha filha na praia. O céu estava nublado. Não dei importância e como gostava muito da fotografia deixei-a ficar aonde estava.


Uns tempos mais tarde, a mesma informação veio ter comigo por outra via. Quando isto aconteceu fiquei, como se costuma dizer, "com a pulga atrás da orelha". Ainda assim pensei duas vezes, mas resolvi colocar o meu chapéu de detective e iniciei uma pesquisa atenta às fotografias que tinha expostas em casa.


Para minha surpresa, para além da fotografia já referida, que eu orgulhosamente decidira manter, encontrei uma outra em que estava eu a dar um X-Coração muitoooooo apertadinho à minha filha, sob um céu nublado.


Instalou-se o dilema da escolha de entre as duas alternativas possíveis. Ou, mais uma vez, ignorava a informação e mantinha as imagens que tanto gostava ou retirava as fotografias e confirmava (ou não) a teoria. Optei pela segunda hipótese.


Nesse mesmo dia, fui buscar a filha à escola e como costume pergunto como lhe correra o dia, ao que ela responde enquanto movimentava os ombros: “ Bem!!! Muito bem, até! Não percebo o que se passa mas sinto-me muito leve. Parece que tinha um peso em cima e desapareceu”.






Sim, ela vinha muito leve, sorridente e com uma postura mais direita. Na altura, ela tinha uns 10 ou 11 anos e a sua sensibilidade manifestou de imediato a alteração efectuada no seu ambiente.


Este episódio tornou-me mais consciente e atenta, quer no que utilizo para rechear o meu lar, como no trabalho que executo como terapeuta de Feng Shui ou pois é importante lembrar que as palavras também são símbolos poderosos.


Tudo o que temos e mantemos na nossa casa e vida tem um impacto significativo sobre os nossos processos. Ao olhar ao seu redor questione-se: Que mensagem está contida nesta imagem? De que forma esta imagem está ou poderá estar a influenciar-me e aos que partilham o espaço comigo.


Ana Brísio






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