Reza a lenda que há muito, muito tempo atrás, viviam numa pequena aldeia, um casal com duas filhas. Duas meninas alegres, saudáveis e muito curiosas. Com uma sede insaciável por saber, viviam à procura de respostas para as milhares de perguntas que lhes invadiam a mente diariamente.
Certo dia o homem enviuvou.
De tudo fez para satisfazer as necessidades das filhas, pois não queria que nada lhes faltasse. Dedicou-se a tratar delas com muito amor e carinho e, claro está, a responder a todas as perguntas que estas lhe faziam.
Bem, a todas não, pois havia respostas que ele não tinha e para resolver a situação resolveu enviar as meninas para junto de um sábio que, segundo diziam, tudo sabia.
As meninas ficaram radiantes, poderiam finalmente esclarecer algumas dúvidas com as quais tinham vivido até à data, além de que se iriam tornar, também elas, sábias. As mais sábias!
Junto do velho as meninas obtiveram todas as respostas que procuravam, mas ainda assim, não se sentiam satisfeitas. As suas mentes queriam e pediam mais alimento e desafios.
Então, elas planearam criar uma pergunta difícil, mas tão difícil que nem mesmo o mais sábio poderia responder correctamente. Afinal, o sábio não poderia ser o dono da verdade.
Combinaram: uma delas colocaria uma borboleta viva entre as suas mãos e perguntariam ao sábio se a borboleta estaria viva ou não. Se a resposta do sábio fosse positiva, a rapariga apertaria a borboleta e a mataria, se a resposta fosse negativa a borboleta seria libertada. Desta forma, fosse qual fosse a resposta do sábio, ele estaria errado e elas certas.
Na manhã deram seguimento ao engenhoso plano. Foram até ao campo, apanharam uma linda borboleta azul e dirigiram-se ao sábio:
Diga-nos, perguntou uma delas, a borbulha azul que tenho na minha mão está viva ou morta?
Depende de ti, ela está nas tuas mãos! respondeu o sábio.
Todos os dias e a cada instante tomamos decisões que nos levam a algum lado ainda que não reconheçamos ou aceitemos que o que nos acontece, é responsabilidade nossa.
Escolhemos movidos por emoções, opiniões, crenças e toda uma série de factores que, em rota de piloto automático, nos conduzem sempre ao mesmo sítio, numa roda interminável de acontecimentos sobre os quais alimentamos a ilusão de que nada podemos fazer.
Vivemos como prisioneiros, reféns de uma realidade que julgamos ser assim até que tomemos a decisão de fazer algo para mudar.
Retirar o véu que tolda a visão, assumir a responsabilidade e o controle sobre a nossa mente e decidir deliberadamente sobre como e o que fazer com a nossa Borboleta Azul é a aprendizagem Avatar®. Like to Be Experience - Curso Avatar
Que esteja bem e feliz.
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